segunda-feira, 9 de junho de 2014

Lei que oficializa Hino à Negritude é sancionada

Lei que oficializa Hino à Negritude é sancionada

Data: 05/06/2014
De autoria do professor Eduardo de Oliveira, o hino foi criado há 70 anos e agora fará parte de cerimônias voltadas à população negra
“Fica oficializado, no território nacional, o Hino à Negritude, de autoria do professor Eduardo de Oliveira”. É o que dispõe a lei nº 12.981/2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 28 de maio. A partir da publicação, o Hino passa a ser entoado em eventos oficiais relacionadas ao tema.
O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de maio. Na ocasião, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveram um ato em Brasília, para celebrar a conquista.
As muitas tentativas realizadas por Eduardo de Oliveira, ex-membro do CNPIR já falecido, para aprovação do “Hino à Negritude” remontam aos anos sessenta e na homenagem prestada sua execução contagiante dava provas de força e a atualidade.
Para a ministra Luiza Bairros, “vários autores já destacaram o papel que museus, censos e hinos podem cumprir no fortalecimento da identidade nacional. O poeta e professor Eduardo Oliveira, com uma visão pluralista e abrangente, teve a sensibilidade de perceber isso e persistir no reconhecimento de sua valiosa contribuição, durante décadas de ativismo”.
“Pois que as páginas da História/ São galardões aos negros de altivez” são versos do refrão do Hino à Negritude. A homenagem prestada pela SEPPIR/CNPIR ao autor, com a unanimidade de todos os oradores, cumpriu também o papel de reconhecimento público a um “negro de altivez”, a que se destinam as páginas da história.
Ouça o Hino da Negritude no Youtube.
Conheça o texto do hino:
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidades Para o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heroico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.
em todo território nacional. A ideia surgiu a partir do projeto de lei do deputado federal Vicentinho (PT – SP).
A composição do hino começou em 1940 pelo professor Eduardo Ferreira de Oliveira. A canção homenageia a luta da população negra e cita, por exemplo, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Eduardo de Olveira morreu em 2012, aos 86 anos, e não chegou a ver o seu hino oficializado no Diário Oficial
A partir de agora, o hino será entoado em eventos que envolvam a temática negra. Conheça o texto do hino:
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heroico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário