segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Gestores e Gestoras de nosso movimento Clubista Negro Brasileiro.

Encaminho para apreciação dos senhores a publicação do edital de seleção de organizações da sociedade civil para o Conselho da Igualdade Racial.

Entendo como estratégico para a consolidação de nosso movimento a participação neste pleito.
É inaceitável, não sermos reconhecidos como seguimento do movimento negro, pela SEPPIR, notem que no edital existem vagas garantidas  para vários seguimentos, e para nós, nos resta disputar com todo o conjunto dos outros seguimentos do Movimento Negro Brasileiro.
Onde fica o respeito ao protagonismo da história centenária de nossos redutos de manutenção da cultura negra deste País? " NOSSOS CLUBES SOCIAIS NEGROS" 
Se tem vaga pra todos estes seguimentos, deveríamos também ser considerados, não mais podem dizer que não nos legitimam, pois fomos contemplados em um projeto que irá nos mapear, pela mesma entidade que é responsável por lançar este edital.
Venho desde 2009, articulando a visibilidade do nosso movimento clubista para dentro dos outros seguimentos da comunidade negra do País.
Através destas articulações, inserimos demandas na ultima conferencia de IR (2009),conquistamos artigo no estatuo da IR,inserimos demandas de nosso movimento através da última conferencia de Cultura,participamos dos debates no último encontro Ibero Americano das Américas entre outros.
Sendo assim , podemos dizer que nosso movimento hoje é reconhecido em toda a America Latina e alguns outros países do mundo.
Somos um seguimento centenário, que não pode ficar a par das articulações dos outros seguimento do Movimento Negro Brasileiro.
Temos habilidosos gestores que poderão auxiliar em seus estados, junto a outros movimentos,na costura de uma candidatura de nosso movimento.
Sendo assim , solicito que habilitemos o maior numero de Clubes sociais Negros possível, afim de participarmos deste pleito com reais chances de conquistar legitimamente uma cadeira que já deveria ser nossa por direito.
Coloco meu nome a disposição , para a apreciação dos demais gestores, entendendo que o processo democrático é fundamental para nossa consolidação.
Podemos construir outros nomes, construindo um pleito dentro de nosso movimento,porem, temos sempre que avaliar todas as possibilidades afim de não corrermos o risco de nos dividirmos e também retrocedermos em tudo o que já avançamos.

Em anexo o Edital .

Grande Abraço a todos


Luis Carlos de Oliveira
Representante Nacional dos Clubes Sociais Negros
Conselheiro do CODENE/RS
Coordenador Geral da Feira Preta/RS
Vice Presidente da ACB Floresta Montenegrina
luisoliveiraimp@hotmail.com
lluiscarlos@hotmail.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Informe sobre 20 de novembro

Bom dia!

O Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes de Santa Catarina, depois de encaminhamentos sobre o 20 de novembro tirou uma proposta que foi apresentada pelo presidente e partilhada por todos os membros da comissão. Como se sabe, muito tem sido questionado sobre o programa de ações afirmativas, onde a cota para negros nos mais variados segmentos, tem sido constantemente debatida, discutida, criticada, rebatida e em grande parte contestada. Contestada por entenderem que a superação da discriminação não precisa, não passa por qualquer esmola, segundo o entendimento de alguns. Este grau de desinformação e falta de compromisso com a história do Brasil nos remete a pensar, o quão ainda é necessário colocar esse debate e a discussão no centro da conversa. Recentemente o STF, após longos debates, audiências e posições de defesa de ambos os lados, manifestou-se pela constitucionalidade do programa de ações afirmativas, que grande parte da mídia, imprensa, e outros grandes pensadores que estão discutindo do ponto de vista do dominador a questão do racismo no Brasil, ou a meu juízo, consubstanciado na necessidade mesquinha ma manutenção de espaços de poder. Abrir um debate sadio, profundo e que possa revelar o tamanho do hiato que ainda nos atinge deve ser uma tarefa incessante de todos nós, em especial do movimento negro e daquele que independente da pigmentação e da melanina, lutam por uma sociedade mais justa e mais próxima do espírito da fraternidade. Ao apresentar o tema: O Estatuto da Igualdade racial é pra valer, repeite-o e contra o extermínio da juventude negra , queremos trazer um debate posterior ao julgamento do STF, que para nós, militantes do movimento negro e dos movimentos sociais ainda não foi debatido á exaustão, nem tampouco comemorado como é merecido.

Traremos para o debate pessoas com propriedade no assunto, tais como; Luislinda Valois, desembargadora negra da Bahia, Edson França, militante do movimento negro nacional, a Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial, a editora JH Mizuno, distribuidora do Estatuto da Igualdade Racial comentado, professor Marcos Caneta dentre outros grandes nomes que vêm construindo e fortalecendo a negritude no Brasil, processo já iniciado por negras e negros que aqui chegaram dese os primeiros cativos. Essa discussão passa necessariamente pela releitura do que foi a escravidão no Brasil, uma dívida trabalhista ao meu ver, e QUE É A MAIOR DÍVIDA TRABALHISTA AINDA NÃO PAGA NO BRASIL, E UMA DAS MAIORES DO MUNDO. Essa INDENIZAÇÃO precisa ser posta em prática, e como nos foi tirado do Estatuto a possibilidade de reparação financeira propriamente dita, ressalte-se que pelas mesmas forças que ganharam e lucraram muito com a exploração do trabalho e que hoje manipulam do Congresso Nacional o que é ou não bom para nós. Pelos motivos que entendo relevante é que coloquei o tema para discussão e avalio que acertamos nos encaminhamentos.

Abraços,

Ribeiro.
Presidente em exercício do CEPA