segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Informe sobre 20 de novembro

Bom dia!

O Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes de Santa Catarina, depois de encaminhamentos sobre o 20 de novembro tirou uma proposta que foi apresentada pelo presidente e partilhada por todos os membros da comissão. Como se sabe, muito tem sido questionado sobre o programa de ações afirmativas, onde a cota para negros nos mais variados segmentos, tem sido constantemente debatida, discutida, criticada, rebatida e em grande parte contestada. Contestada por entenderem que a superação da discriminação não precisa, não passa por qualquer esmola, segundo o entendimento de alguns. Este grau de desinformação e falta de compromisso com a história do Brasil nos remete a pensar, o quão ainda é necessário colocar esse debate e a discussão no centro da conversa. Recentemente o STF, após longos debates, audiências e posições de defesa de ambos os lados, manifestou-se pela constitucionalidade do programa de ações afirmativas, que grande parte da mídia, imprensa, e outros grandes pensadores que estão discutindo do ponto de vista do dominador a questão do racismo no Brasil, ou a meu juízo, consubstanciado na necessidade mesquinha ma manutenção de espaços de poder. Abrir um debate sadio, profundo e que possa revelar o tamanho do hiato que ainda nos atinge deve ser uma tarefa incessante de todos nós, em especial do movimento negro e daquele que independente da pigmentação e da melanina, lutam por uma sociedade mais justa e mais próxima do espírito da fraternidade. Ao apresentar o tema: O Estatuto da Igualdade racial é pra valer, repeite-o e contra o extermínio da juventude negra , queremos trazer um debate posterior ao julgamento do STF, que para nós, militantes do movimento negro e dos movimentos sociais ainda não foi debatido á exaustão, nem tampouco comemorado como é merecido.

Traremos para o debate pessoas com propriedade no assunto, tais como; Luislinda Valois, desembargadora negra da Bahia, Edson França, militante do movimento negro nacional, a Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial, a editora JH Mizuno, distribuidora do Estatuto da Igualdade Racial comentado, professor Marcos Caneta dentre outros grandes nomes que vêm construindo e fortalecendo a negritude no Brasil, processo já iniciado por negras e negros que aqui chegaram dese os primeiros cativos. Essa discussão passa necessariamente pela releitura do que foi a escravidão no Brasil, uma dívida trabalhista ao meu ver, e QUE É A MAIOR DÍVIDA TRABALHISTA AINDA NÃO PAGA NO BRASIL, E UMA DAS MAIORES DO MUNDO. Essa INDENIZAÇÃO precisa ser posta em prática, e como nos foi tirado do Estatuto a possibilidade de reparação financeira propriamente dita, ressalte-se que pelas mesmas forças que ganharam e lucraram muito com a exploração do trabalho e que hoje manipulam do Congresso Nacional o que é ou não bom para nós. Pelos motivos que entendo relevante é que coloquei o tema para discussão e avalio que acertamos nos encaminhamentos.

Abraços,

Ribeiro.
Presidente em exercício do CEPA

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